E aí, pessoal. Já estamos de volta com mais um post. Vai lá pegar teus óculos de leitura que eu espero.
Hoje, quero levar um papo mais sério. Conversa de gente grande. Briga de cachorro grande.
Hoje, quero levar um papo mais sério. Conversa de gente grande. Briga de cachorro grande.
Se você é um jogador do tipo competitivo, esse é artigo é pra você. Se você não sabe o que é "metagame", eu te explico.
Metagame em Yu-Gi-Oh, ou praticamente qualquer jogo, é o jogo focado nas estratégias mais fortes e mais relevantes. Nos torneios (principalmente grandes torneios), você vai notar um deck ou alguns decks se sobressaindo em quantidade de jogadores e colocações no torneio. Esteja pronto para jogar contra tais decks.
Bom, o que eu tenho pra trazer à mesa hoje é a situação atual do nosso metagame. Depois que The Secret Forces chegou tudo mudou e está tudo muito instável e a disputa é voraz.
É quase uníssono na comunidade de Yu-Gi-Oh que 5 decks hoje são a nata do jogo: Nekroz, Tellarknight, Shaddoll, Qliphort, Burning Abyss, listados em uma ordem completamente aleatória. Juro.
Vamos falar de um de cada vez pra gente saber melhor o que está havendo.
The Secret Forces saiu na sexta-feira 13, e parece que tinha uma mensagem contida nisso. Suportes diversos chegaram ao ocidente e Nekroz veio com força total para o TCG (salvo engano, somente a Sophia não veio ainda, e está cotada para vir na próxima coleção, Crossed Souls).
Dias depois do deck ser lançado, com muitos jogadores sem saber o que o deck faz, inclusive até os próprios usuários do deck, e o deck já pegou sua fatia do bolo. E uma grande fatia, mais de 75% das primeiras colocações em vários torneios de grande porte.
Se você ainda não presenciou ou experimentou uma partida com Nekroz, o deck é consistente e bem poderoso. Mas tem uma sacada...
Quando uma coleção é lançada, os jogadores tentam se adaptar aos novos decks e suportes. Nessa situação, alguns decks conseguem obter resultados fantásticos. E é comum o deck cair depois
A questão é: o deck é tão forte quanto demonstrou ser ou depois dos jogadores se acostumarem ele vai diminuir?
Aqui vai minha opinião:
- O deck é realmente forte, e a única coisa que vai tirá-lo do cenário competitivo só uma banlist ou vários lançamentos no futuro que engolem o deck. A tendência é acontecer ambas.
- O deck pode ser debilitado usando as cartas certas. E quando eu falo "debilitado" eu quero dizer que o jogo vira grotescamente e quem estiver jogando de Nekroz só vai conseguir entrar no jogo quando a carta referida for removida. Falamos um pouco sobre como jogar de Nekroz e contra Nekroz aqui, e tem muita coisa extremamente efetiva.
Por exemplo, se dois jogadores, ambos usando Nekroz, estão duelando e um faz Ritual Summon usando Djinn, Releaser of Rituals (impede special summon). Aí é pouco que se pode fazer. Sem um out para essa jogada, provavelmente o duelo foi decidido ali.
- Por falar em Djinn, ele está mais relevante agora. Quer dizer, ele já era bem potente em decks Ritual. Mas invocar um ritual e ter várias cartas na mão para dar proteção e garantir que o monstro FIQUE ALI é um assunto completamente diferente. Especificamente, o efeito de Trishula contra alvos que dão Target, o efeito do Gungnir contra destruição, o efeito do Decisive Arms que dá ATK, o efeito do Valkyrus que encerra a Battle Phase. Já ouviu falar na cruz e a espada?
O futuro do deck é incerto, mas ainda vai se ver muito dele nos próximos meses. Isso é, eu creio que o deck não está tomando conta do Metagame somente pela potência dos primeiros dias, mas por ser realmente muito bom. Qualquer declive será leve e deverá acontecer por adaptação dos jogadores ao oponente.
Os jogadores dos demais decks se agitaram nas cadeiras. Não ganharam novas armas para lidar com os velhos inimigos e estão tendo que usar o que já tinham para encarar o novo adversário.
Nesse artigozinho eu vou te dar uma atualizada de como estão as coisas. Se você não tem jogado muito ultimamente, passou o carnaval foliando e pegou umas DST pelo caminho, dê uma lida.
Os jogadores dos demais decks se agitaram nas cadeiras. Não ganharam novas armas para lidar com os velhos inimigos e estão tendo que usar o que já tinham para encarar o novo adversário.
Nesse artigozinho eu vou te dar uma atualizada de como estão as coisas. Se você não tem jogado muito ultimamente, passou o carnaval foliando e pegou umas DST pelo caminho, dê uma lida.
Um deck Ritual e um deck Fusion no topo da cadeia alimentar. Eu achava que esses dias tinham acabado. Felizmente não.
Shaddoll é um deck que faz vantagem de inúmeras formas possíveis. Tem draw, tem search, tem de tudo. E isso com monstros FLIP. Conseguiu funcionar com Lightsworn, com Dragons, com Artifact e até com Burning Abyss. Quando eu falo "conseguiu funcionar", me refiro a ser usado em torneios e obter sucesso. Por causa da sua, digamos, "solubilidade" em outros decks, eu já vi gente usar com Bujin, com Volcanic (no lançamento da El Shaddoll Grysta), uma série de coisas.
Fique à vontade para discordar, mas Shaddoll conquistou seu lugar ao sol com sua Spell Card brutal.
Uma Spell Card que faz fusion usando monstros do main deck era, até então, inédito no jogo. Não somente isso, mas os montros Shaddoll tem efeitos ao serem enviados ao grave por efeito de cartas. Nesses dois fatores, eu sou levado a crer que o efeito de enviar do Main Deck foi o mais relevante, só que os dois combinados deram a Shaddoll a faca e o queijo no metagame, no tempo de seu lançamento, já que Special Summon do extra deck se torna uma necessidade em certas situações e, quando isso acontece, o jogador de Shaddoll consegue obter uma vantagem que lhe põe à frente do jogo, inclusive longe demais para alcançar.
Shaddoll tem um Match-up ruim contra Nekroz. Primeiro tem o Trishula, que não respeita nenhum Shaddoll, nem Spell, nem Effect Monster nem Fusion Monster. Segundo, faz Abyss Dweller facilmente. Terceiro, Brionac resolve campo estabelecido de El-Shaddoll sem derramar suor. Como as pessoas tem usado cada vez menos suporte de Backrows, essa situação pode ser constante.
Para os demais decks, é uma força a ser reconhecida e um adversário formidável, para dizer o mínimo. Sempre foi, desde o lançamento, e não tem match-up ruim contra a maioria dos decks, salvo Qliphort com suas Skill Drains e Vanity's Emptiness e outros decks com Macro Cosmos/Dimensional Fissure e outros pormenores. Na match contra Qliphort, Shaddoll Dragon se torna valioso e permite Shaddoll jogar confortavelmente. Através das coleções, Shaddoll ganhou mais Fusion Monsters e Fusion Spell Cards, exatamente as cartas que os jogadores de Shaddoll precisavam.
Num futuro muito próximo, a Konami vai lançar a coleção Crossed Souls, e um dos suportes para Shaddoll que virão por aí é essa carta da imagem. Aqui vai o efeito:
El-Shaddoll Anomalilith
1 "Shaddoll" monster + 1 WATER monster
Must first be Fusion Summoned. Neither player can Special Summon monsters from the hand or Graveyard with Spell/Trap effects. If this card is sent to the Graveyard: You can target 1 "Shaddoll" Spell/Trap Card in your Graveyard; add it to your hand.
A meu ver, parece feito especificamente feito para combater Nekroz. Claro, outros decks vão sofrer pela tabela, e jogadores de Shaddoll vão adorar isso e demais jogadores vão ter que sair de suas casas sabendo o que vão fazer quando seu oponente invocar Anomalilith (mesmo que a seja entregar o jogo. não se pode ter tudo, não é verdade?).
Tendo em vista que esse embate do Top-Five deve perdurar por alguns meses, ainda, poderemos ver uma mudança drástica quando essa coleção chegar até nós.
Burning Abyss foi o deck que, aos poucos, foi ganhando suportes até atingir um nível bizarro. E a expectativa é de vir mais. Os monstros fazem vantagem até por acidente, não estranha ter ganhado vários torneios, desde o lançamento, inclusive. Jogar contra Burning Abyss é saber que você nunca "mata" nada de verdade. Tudo aquilo que foi volta para te assombrar.
O problema, pós-THSF, são os mesmos pertinentes a Shaddoll. Claro, fora os problemas naturais que o deck já tinha. Floaters não se dão bem com Trishula, nem com Brionac, nem com Decisive Armor e nem com Abyss Dweller, e os outs do Extra Deck são barrados por Unicore. Sim, Virgil, estamos falando de você. Sem contar que Djinn quebra as duas pernas e um braço de Burning Abyss.
Por sorte ou acaso, Burning Abyss parece sofrer ligeiramente menos que Shaddoll, já que as builds convencionais podem usar Vanity's Fiend/Vanity's Emptiness/Majesty's Fiend/Monarchs/Phoenix Wing Wind Blast/Karma Cut/Raigeki Break e consegue administrar melhor. Por agora, não tem parecido bastar, já que os Match-ups tem sido muito favoráveis para Nekroz mesmo assim.
Contra Qliphort, Burning Abyss parece ter uma facilidade de lidar, mesmo com os Floodgates monstruosos de Qliphort. Contra Shaddoll, se o oponente não tiver uma Shaddoll Fusion, tranquilo; se tiver, é jogo cauteloso. E Burning Abyss odeia Winda. Felizmente Enemy Controller lhes dá uma vantagem imensa no jogo e resolve o problema com Winda, se não houver outros empecilhos no caminho. Já contra Tellarknights...
Contra Qliphort, Burning Abyss parece ter uma facilidade de lidar, mesmo com os Floodgates monstruosos de Qliphort. Contra Shaddoll, se o oponente não tiver uma Shaddoll Fusion, tranquilo; se tiver, é jogo cauteloso. E Burning Abyss odeia Winda. Felizmente Enemy Controller lhes dá uma vantagem imensa no jogo e resolve o problema com Winda, se não houver outros empecilhos no caminho. Já contra Tellarknights...
A vida tem sido uma Montanha Russa sem freios para Tellarknight. No lançamento, na coleção Duelist Alliance, acho que em agosto de 2014, chegou botando ordem, ganhando torneios, crescendo respeito. Só que com o passar do tempo foi descendo da graça e acabou por praticamente desaparecer do topo dos torneios. É aquilo que eu falei, o deck no lançamento não é o deck de verdade.
Na coleção "New Challengers" alguns suportes apareceram, houve uma leve subida, quase imperceptível, e o deck voltou a morar na sombra do metagame. Recebeu Stellarknight Triverr... ótima carta, por sinal, mas não foi o suficiente.
Mas aí...
Na coleção Secrets of Eternity veio o famigerado Stellarknight Constellar Diamond que conseguiu colocar Tellarknights de volta nas paradas. Sabe por quê?
O efeito dessa carta, resumindo, não deixa nem Shaddoll nem Burning Abyss jogar. Retifico, joga depois de remover, usando um monte de recursos.
O fato que impede esses dois Decks de jogar lhe deu uma nova chance de viver, uma vez que Shaddoll e Burning Abyss disputavam a unhas e dentes o título de melhor deck. Então, um desafiante veio e mostrou que podia competir de igual para igual contra esses dois.
As coisas chegaram a um ponto tal que decks que não eram Tellarknight começaram a usar Delteros e Diamond, decks Burning Abyss e Shaddoll começaram a usar Constellar Ptolemy M7 e/ou Gaia Dragon no extra deck para eliminar Diamond, tomando controle e usando para Xyz Summon destas cartas.
O fato que impede esses dois Decks de jogar lhe deu uma nova chance de viver, uma vez que Shaddoll e Burning Abyss disputavam a unhas e dentes o título de melhor deck. Então, um desafiante veio e mostrou que podia competir de igual para igual contra esses dois.
As coisas chegaram a um ponto tal que decks que não eram Tellarknight começaram a usar Delteros e Diamond, decks Burning Abyss e Shaddoll começaram a usar Constellar Ptolemy M7 e/ou Gaia Dragon no extra deck para eliminar Diamond, tomando controle e usando para Xyz Summon destas cartas.
Contra Nekroz... as coisas são difíceis. Nekroz, como sempre, atropela brutalmente. Só que Tellarknight joga com diversos "floodgates", e Nekroz é extremamente fraco contra isso. Soluções no Main Deck geralmente são escassas, ou assim têm se mostrado. Unicore é horrível para Tellarknight, já que o archetype depende do Extra Deck... mas nunca se acha um campo limpo jogando contra tellarknight... mas Denko Sekka está aí... é um cabo-de-guerra onde qualquer um dos decks pode tomar violentamente a vantagem. Nekroz mostra-se melhor e mais consistente, mas também arrisca perder partidas grotescamente por causa de certas variáveis.
Já Qliphort e Tellarknight fazem um jogo pesado. Ambos gostam de jogar usando Floodgates, só que Qliphort parece não se importar muito com isso. Aí o jogo de usar Floodgates em Tellarknight vira jogo de remover Spells e Traps. Tanto os Floodgates do oponente quanto os Pendulum Monsters nas Pendulum Zones. Outro caso de embate "parelhado", mas Qliphort provavelmente tem um jogo mais suave. Falando no tal...
Já Qliphort e Tellarknight fazem um jogo pesado. Ambos gostam de jogar usando Floodgates, só que Qliphort parece não se importar muito com isso. Aí o jogo de usar Floodgates em Tellarknight vira jogo de remover Spells e Traps. Tanto os Floodgates do oponente quanto os Pendulum Monsters nas Pendulum Zones. Outro caso de embate "parelhado", mas Qliphort provavelmente tem um jogo mais suave. Falando no tal...
Qliphort teve a mesma tragetória de trem descarrilhado de Tellarknight. Lançou, ascendeu, jogadores se acostumaram, caiu, lançou-se suporte, ressurgiu das cinzas.
Qliphort tem uma sinergia tremenda com Skill Drain e Vanity's Emptiness, o que é veneno contra os outros quatro decks. A questão é que nem sempre essas carta aparecem e, quando aparecem, nem sempre são usadas impunemente. Afinal, em um jogo contra Qliphort, um apoio de remoção de Spells e Traps é mandatório, os jogadores já sabem muito bem disso, e Qliphort não consegue jogar tendo seus Scouts, Vanity, Skill Drain, afins, sendo constantemente rebatidos.
Por outro lado, quando Qliphort consegue invadir o jogo, meu amigo, saia de baixo, porque seus LPs não vão sobrar. O jogo com Qliphort às vezes se resume em você conseguir impedir os Shenneningans ou não, já que o grind é relativamente raro, a não ser que seu Stall seja medonho. Em todo caso, o grind vai depender da presença de Scout e da possibilidade de Pendulum Summon. Quer dizer, 5 monstros de graça durante vários turnos não é fácil de tentar acompanhar.
A sorte é que todos os monstros Qliphort, quando Spell Cards, não deixam monstros que não seja Qliphort serem Special Summon, o que barra xyz Summon, mas...
Muitas pessoas se esquecem ou ignoram que existem ainda builds com Trampolynx. A razão pela qual as pessoas deveriam se importar é que Trampolynx devolve o outro Pendulum pra mão, permitindo fazer Special Summon de outros monstros, especificamente Xyz Sumnmon. Tudo bem que os Xyz material vão pro grave, e depois disso é muito provável que não sejam Pendulum Summon, mas a vantagem com Pendulum já foi feita, então não baixe a guarda.
Bom, em um resumo de tudo que foi dito.
1 - Nekroz está muito forte, mas é tão forte quanto vulnerável.
2 - Shaddoll está tentando segurar firme. Só o tempo suficiente da Anomalilith aparecer, e então veremos o que acontece em seguida.
3 - Burning Abyss vai bem, obrigado, "matando um leão por dia", tentando viver nesse mundo cão.
4 - Tellarknight perdeu um pouco mais do seu holofote, já que não é mais "o deck que ganha do meta" e seus dias de glória estão contados porque seu brilho está diminuindo permanentemente.
5 - Qliphort continua o mesmo Qliphort de sempre.
Existem muitos outros decks se esforçando o máximo para ser parte da elite e que Senpai os note. Nesse formato selvagem, o mínimo necessário seria um Match-up ridiculamente favorável, algo mais ou menos como Tellarknight fez com Diamond, só que bem mais impactante.
Hero, por exemplo, Tem um Match-up sensacional contra Nekroz, Shaddoll, Burning Abyss, Tellarknights e Qliphort! Isso é... se conseguir invocar Masked Hero Dark Law impune. Não é somente o deck que conta, mas uma infinidade de variáveis e isso define o metagame.
A Banlist tem impacto gigante no formato. Melhor dizendo, pode ter, a depender de como a Konami deseja fazê-la.
Por sinal, uma banlist virá em março, para ser implementada em Abril, Maio e Junho. Isso deve dar uma agitada nas coisas, se você me entende. No entanto, acredito não ser uma banlist que afete muito os 5 decks mencionados. A razão para tanto é a previsão de lançamentos em breve de suportes desses decks, e a Konami não costuma dar suportes em boosters e tirar pela banlists ao mesmo tempo. Posso estar enganado, mas eu confio nessa premissa o bastante para apostar nela.
Bom, metagame definitivamente é para quem gosta. Algumas pessoas não gostam do conceito de metagame, tudo bem, para cada um o que lhe agrada, mas algum deck tem que ser o melhor em algum ponto, e é vendo desse jeito que muitas pessoas optam por escolher a melhor arma.
Não pense que fazer parte do metagame é o caminho fácil. Leva dedicação e habilidade para conhecer os decks, identificar quais são os melhores, saber como estruturá-los e usá-los. Confie em mim quando eu digo que um iniciante não é capaz de fazer isso. Não creio haver mérito em usar um deck inferior, embora não haja mal em fazê-lo.
Bom, metagame definitivamente é para quem gosta. Algumas pessoas não gostam do conceito de metagame, tudo bem, para cada um o que lhe agrada, mas algum deck tem que ser o melhor em algum ponto, e é vendo desse jeito que muitas pessoas optam por escolher a melhor arma.
Não pense que fazer parte do metagame é o caminho fácil. Leva dedicação e habilidade para conhecer os decks, identificar quais são os melhores, saber como estruturá-los e usá-los. Confie em mim quando eu digo que um iniciante não é capaz de fazer isso. Não creio haver mérito em usar um deck inferior, embora não haja mal em fazê-lo.
Um deck constellar tem alguma chance com algum desses deck ?
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